Não sei se sou só eu,
mas eu tenho uma maneira complicada de dizer aquilo que sinto e que sou.Através de poemas distorcidos que só eu compreendo, ou de letras de musicas (e como estas me dizem muito). Mas às vezes parece que só mesmo assim, este “vazio” me compreende. Me ouve. Não me julga.
Às vezes aquilo que sou, é apenas isso, uma descrição atirada para um vazio qualquer que ninguém vê, ou lê, ou ouve…
Um vazio onde só eu me entendo. E depois nesta minha realidade, apenas fica o sorriso fingido que tantas vezes sou, que tantas vezes mostro e que tantas vezes engana.
Mas, estou farta. De sorrir.
Se não é o meu sorriso que as pessoas procuram! Então o que é?
Se não é tudo o que sou e que tenho para dar! Então é o quê?É difícil para mim ser ‘boneco’ do mundo. Das pessoas. Porque sim.
É difícil não sentir, e não ser humana.
Sou coração, sempre fui, sempre fui assim.
E amo.
Amo muito.
Mas talvez seja esse o meu maior defeito. Amar.
Talvez isso me tenha tornado demasiado dependente de quem me rodeia.
Das pessoas.
Então hoje estava a pensar que…talvez tenhas razão, talvez sou eu.
Sou eu. Só pode ser. Sou eu.
E então tenho de mudar? Tenho que …mudar.
Aprender a ser mais independente de tudo. Do mundo. De ti.
Aprender a ser como toda a gente.
Um frio amigável que engana toda a gente. Que se fecha em si mesmo e congela o que resta?? É isso?
Se calhar é isso mesmo que devo ser.
Porque quem sou não chega. Nunca chega. A ninguém.
E eu…
Estou farta…
de não ser suficiente!
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